Interessantíssimo este artigo!
Tendências que marcam perfis profissionais.
O aumento da esperança média de vida e da idade da reforma
faz com que, neste momento e talvez pela primeira vez na história, convivam no
mundo empresarial quatro gerações diferentes de trabalhadores. Marcadas por
acontecimentos e enquadramentos distintos que, naturalmente, influenciam a
forma como encaram a sua carreira e o ambiente de trabalho, esta diversidade de
perfis transforma o papel do gestor de equipas num desafio ainda maior.
Sem nos deixarmos cair no risco de estereotipar gerações, é
importante conhecer um pouco melhor as características típicas de cada uma e
perceber quais as tendências que marcam cada tipo de profissionais.
Nascidos até 1946
Iniciaram a sua vida profissional num período em
que as mudanças aconteciam a um ritmo menos acelerado e num mercado de trabalho
muito fechado e limitado territorialmente.
Valorizam a lealdade. São fiéis à sua a empresa e
esperam que essa lealdade seja retribuída e valorizada.
Têm tendência a personalizar as relações laborais
com colegas e empregadores, estabelecendo laços muito fortes.
A estabilidade e segurança no trabalho são a
principal preocupação em termos de carreira. Idealmente, desenvolvem a sua
carreira toda na mesma empresa e têm receio de correr riscos.
Por natureza, têm um grande respeito pelas
hierarquias e pela autoridade.
No trabalho, são disciplinados, gostam de ordem e
são minuciosos no desempenho das suas funções. Palavras como dever, trabalho
árduo, dedicação e sacrifício pautam a sua conduta.
Iniciaram a carreira ainda muito jovens e, na sua
maioria, gostavam de ter tido mais formação académica.
Nascidos entre 1946 e 1964
Trouxeram grandes mudanças para o ambiente de
trabalho: foram os primeiros “workaholics”, introduziram o conceito de muitas
horas de trabalho, e de viver para trabalhar.
Gostam de ver o seu trabalho reconhecido e
valorizam o conceito de “status” profissional.
Acreditam que a formação aliada ao trabalho árduo
são as chaves para o sucesso.
Têm uma maior noção de carreira e de
desenvolvimento profissional. Muitos cresceram profissionalmente dentro da
mesma empresa e acreditam que as promoções devem ser baseadas na antiguidade na
empresa.
Nascidos entre 1964 e 1979
Filhos da geração de “workaholics” estão
determinados a manter um maior equilíbrio entre a vida pessoal e a carreira.
São menos leais às empresas onde trabalham. Dão
prevalência ao crescimento individual e à progressão de carreira em detrimento
do “vestir a camisola” da empresa onde trabalham.
Não acreditam na ideia de um emprego para toda a
vida, não fazendo da estabilidade uma prioridade.
São por natureza mais flexíveis, determinados,
criativos, pragmáticos, independentes, impacientes e autoconfiantes.
Consideram importante investir nas suas
competências. Acreditam que a educação é um caminho para o sucesso.
Acreditam que, apesar do futuro ser incerto, é
possível geri-lo.
Valorizam os líderes que reconhecem como competentes
e não a autoridade apenas enquanto tal.
Têm uma relação muito próxima com as novas
tecnologias e estão habituados a rápidas mudanças de mercado e de tendências.
Gostam de receber feedback rápido e acreditam que
as promoções devem ser baseadas no desempenho.
Nascidos nos anos 80
Cresceram rodeados pelas novas tecnologias, pelo
que trabalham com elas com muita naturalidade.
Aprenderam desde cedo a importância do trabalho
em equipa e estão habituados a ambientes multiculturais sendo, por regra, mais
tolerantes.
Estão mais abertos à possibilidade de trabalhar
no estrangeiro, sendo a mobilidade um conceito muito familiar.
Tendencialmente são menos otimistas do que as
gerações anteriores, mas não deixam de ter confiança no que o futuro lhes pode
trazer.
Voltaram a colocar a estabilidade e a segurança
em primeiro plano, consequência do receio generalizado em integrar os números
sempre crescentes do desemprego.
Procuram empresas que lhes permitam
desenvolver-se como profissionais, valorizando as perspetivas de carreira que
lhes possam ser oferecidas.
Dão grande importância à família e têm mais
facilidade em colocá-la em primeiro lugar. Os homens fazem questão de ter um
papel mais ativo na educação dos seus filhos.
Gostam de questionar, são autoconfiantes e estão
preparados para desempenhar múltiplas funções.
Acreditam na ideia de educação para a vida,
apostando na formação contínua e nos estudos avançados, mesmo depois da licenciatura.
Não receiam a mudança e lidam facilmente com o
risco e o desconhecido.
Fonte: Sapo - http://emprego.sapo.pt/guia-carreira/artigo/318/choque-de-geracoes.htm
Sem comentários:
Enviar um comentário