13.5.12

Em Fátima..

 













 
Hoje em  Fátima estão 300 mil pessoas, atingiram-se numéros records nesta afluência ao Santuário. A fé é o que nos salva, e o desespero cada vez maior das pessoas fez com que este dia fique mais marcado ainda pelo numero de pessoas que foram rezar a Nossa Senhora.

Desde que a  S foi para  Guarda deixamos de ir uma vez por ano na excursão organizada pela paróquia de Lordelo do Ouro, não neste dia mas em Outubro e ao Sábado, agora vou mas não em excursão. Mas lembra-me de uma das veses que fui acontecerem 2 situações que me marcaram para toda a vida. Uma delas foi com a S, a S andava já a bastante tempo a deitar sangue pelo nariz, na escola muitas veses ao escrever osangue saia pelo nariz e sujava-lhe as folhas, ia no autocarro começava a sangrar, apanhava um pouco de sol sangrava, já tínhamos ido a médica de família e ela tinha dito que não era preocupante, conforme tinha vindo ia com o tempo, eu tinha acabado de fazer uma radiografia a um calcanhar que me doía quando andava mais que o costume, e depois verificou-se que eram esporões no calcanhar, na altura a medica perguntou se queria ser operada mas eu não quis.

Fomos então nessa excursão da paroquia com o padre Domingos, eram várias camionetas, e ele dividia-se por todas elas, para rezarmos juntos pelo caminho, as pessoas iam sempre com muita fé, quando eu chegava aquele recinto a sensação era como nunca tinha antes em lado nenhum, o coração fica alegre, o peso do mundo fica mais leve, e comovo-me imenso só por estar ali naquele lugar aonde apareceu Nossa Senhora, depois de chagados, cada um ia cumprir as suas promessas, assistia-mos à missa e a seguir almoçavamos.

Depois de almoço quem quisesse percorria a Via Sacra, eu e a S  fazíamos sempre, mas naquele ano eu estava com muito medo por causa do calcanhar, já só de estar em pé a ouvir a missa eu estava que já não podia, quando me levantei de almoço mancava imenso, mas com algum custo dirigimo-nos  aos Valinhos  lugar onde nos juntávamos para começar a Via Sacra, enquanto esperávamos o sangue no nariz da S começou a jorrar imenso, estava um sol e um calor insuportáveis, as pessoas muito gentis deram-lhe lenços, água e estavam como eu preocupados, eu a mancar, parecia que nada corria bem, ate que disse a S, filha não vamos este ano, não podes ir assim, e eu também não estou bem, estou cheia de dores no calcanhar, não vai dar, mas ela disse-me, não mãe se não quiseres ir eu entendo, mas vai para  a camioneta e espera la por mim, eu vou seguir, então eu decidi ir também, ela com uma garrafa de agua num saco pendurada no braço, outro saco para por os lenços com sangue e fomos seguindo na segunda capelinha a S foi convidada para fazer a oração, mas ela sangrava e não queria muito fazer isso, mas lá conseguiu e continuou a sangrar, e o meu pé também doía mas eu conseguia andar bem, na 4ª capelinha li eu, e continuamos na 5ª capelinha a S deixou de sangrar, eu senti um alivio e só pedia a Nossa Senhora para aquilo parar pelo menos ate acabar a Via Sacra. Conseguimos chegar ao fim as 2 sem parar ou interromper, e até hoje a S nunca mais sangrou, e eu mesmo nas caminhadas que dou agora, os esporões não se queixam! Tirei várias lições neste dia, uma delas e que a fé não se pode perder nunca, e não podemos ter medo, temos que insistir e nada de desistir daquilo que achamos que é o nosso caminho!

Eu Oh!

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